Desperate for a House and a Wife
Procurando nestes dias por uma casa, comecei a dar por mim a fazer um paralelismo interessante...e por interessante quero dizer parvo
Procurar por uma casa é rigorosamente o mesmo que procurar pelo amor, e consigo provar a minha teoria sem problema. (é mentira, mas vou tentar na mesma)
Começamos logo pela procura. Se procuramos pela internet, nunca nos sai o que encontramos. As fotos são sempre bem mais giras que o original e quando vemos em carne e osso fica sempre aquele sabor amargo de quem tinha visto um belo Ferrari e quando chega ao sítio vê um Fiat Uno de 1989 com um Cavalinho à frente no lugar do logo. Se não é pela Internet e vamos "às escuras", fartamos de ver várias e cada uma com mais defeitos que as outras.
Depois, na procura de uma casa assim como de um amor, a verdade é que quanto mais velha menos valor tem. As pessoas procuraram (às vezes erradamente) por algo novinho, algo que ainda reluz...e as velhas vão ficando apenas se mais nada resultar...a menos que tenham remodelações, e aí voltam logo a estar na mó de cima, mesmo que no fundo ninguem repare que por baixo de toda a obra bonita e daquela cozinha remodelada...a canalização está toda podre.
Se estamos há muito tempo à procura, ficamos desesperados. Só pensamos nisso. Vemos qualidades em casas que não as têm, e procuramos amor fácil em casas que não interessam, deixando-nos apenas com a garagem completamente escancarada e vazia.
Outra similiaridade entre sair pela primeira vez e quando encontramos a "casa perfeita" é....Pagamos logo à cabeça...Ou pagamos um jantar e cinema, ou estamos a pagar caução...e em ambos temos o mesmo problema...não sabemos ao certo o que estamos a pagar, ou se vale a pena pois não? Pior do que isso, é que quando efectivamente escolhes, ficas a pagá-la para o resto da vida. E se com o tempo viste que não era aquela a casa que queriam (sim, porque depois passam uma vida inteira a achar que até têm uma casa porreira, mas queriam sempre uma maior) já pagaste por ela, e o dinheiro já não volta
Quando vemos uma casa, fresquinha, novinha e na plenitude das suas capacidades...apaixonamos pelas pequenas coisas...a pequena lareira, a pequena garagem...e passado algum tempo, essa mesma lareira é uma seca, irrita ter que a limpar, irrita cada vez que a lareira deixa as cuecas na casa-de-banho e a roupa espalhada pela casa...Espera, estava a falar do quê mesmo?
Resumindo, quando tentamos escolher uma casa, temos tudo esquematizado...queremos um T3 com lareira, garagem, ar condicionado e uma bimby...Mas de repente vemos aquele pequeno T2 com um pequeno quintalinho e apaixonamo-nos...e a vida nunca será a mesma...
Saudações eestianas.
P.S - Maria Capaz (ou Rita Ferro Rodrigues), antes de me vir linchar publicamente pelo meu machismo, estas regras aplicam-se em qualquer género ou sexualidade (sejam vocês heterossexuais, homossexuais, pansexuais ou os 320 géneros sexuais que existem hoje em dia)